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Os Mestres de Agartha

Uma ampla e diversificada hierarquia está relacionada aos mistérios agarthinos.
Inicialmente, existe o citado avatar Rama, que tinha na cidade solar de Agartha a sede de seu reino, tal como reconhece o próprio Saint Yves d’Alveydre, que vincula ao “ciclo de Ram” à criação de novas instituições sociais de amplo alcance na humanidade. Embora Rama também seja conhecido como o príncipe do reino de Ayodhya, e que uma vez destronado passou a viver suas desventuras.

O Kalki Avatar em seu cavalo branco

Na literatura esotérica, se menciona também um augusto Soberano, chamado o Rei do Mundo, e identificado ao senhor Melkisedek. A partir do Reino Agarthino, este divino Soberano governa ocultamente a todo o nosso planeta. De Agartha ou, mais exatamente, de Shambala, são enviados emissários para periodicamente redimir o mundo, tal como será o futuro e último avatar de Vishnu, chamado Kalki (na gravura acima, versão ISKON), especialmente ligado ao nome de Shambala.
De Agartha também emana um sistema de governo chamado Sinarquia, governado por um Triunvirato* sagrado formado por três soberanos menores chamados Bramatma (“Soberano Pontífice, sustento das Almas no espírito de Deus”), Mahatma (“representante da Alma Universal”) e o Mahanga (“símbolo de toda a organização material do Cosmos”), responsáveis pelos setores da Ciência, da Justiça e da Economia, respectivamente, naquele que seria um regime feito à imagem dos organismos naturais, ou seja, com cabeça, coração e estômago (ver mais no Capítulo seguinte). “Este fato se encontra ilustrado, por exemplo, na tradição cristã dos Três Reis Magos, cujas dádivas ao Cristo representam exatamente o exercício destas funções colocadas a serviço do Mestre Uno.” (em Trikosmos, Parte II, LAWS)
Assim, esta tríade de regentes, teria relação com os três Alinhamentos de consciência chamados Espírito, Alma e Corpo, mas também, segundo a natureza ternária da raça árya (origem histórica do regime sinárquico), com os três Princípios que são Matéria, Psique e Mente.**
Na verdade, diversas escolas têm formulado as organizações internas da Loja Branca sob base trinitária, com destaque para a Sociedade Teosófica que, não obstante, mistura conceitos advindos de diferentes tradições. Em termos práticos, uma espécie de Sinarquia pode ser observada na organização de regimes teocráticos como o tibetano (Dalai Lama, Tashi Lama e Bogdo Khan) e o egípcio (Coroa Vermelha, Coroa Branca e Coroa Militar).
Tampouco se poderia omitir, no entanto, vínculos com a figura tradicional do Manu (avatar de Brahma, o deus criador, voltado, portanto, para a esfera do carma ou da ação), cujas tarefas de guias raciais, indicam sempre uma direção interiorizante, isto é, a busca de novos territórios internos, como sementeiras para uma ordem coletiva mais profunda.



Assim é que, para René Guenón, o Rei do Mundo é o próprio “Manu -esse homem vivo que é Melki-Tsedek-, e que continua, com efeito, perpetuamente, isto é, por toda a duração do seu ciclo (Manvantara), ou do mundo que ele rege especialmente. É por isto que ele não tem genealogia, porque a sua origem é não-humana, visto que ele próprio é o protótipo do homem” (em O Rei do Mundo, Ed. Minerva, Portugal).
Através de Abrahão, que seria ele mesmo um Manu menor, revela-se inclusive a figura bíblica de Melkisedek, rei de Salém (a primitiva Jerusalém), e que abençoa o patriarca hebreu e com ele divide a Eucaristia, o sacramento de pão e vinho, que representa a transubstanciação da matéria e do sentimento ou, mais precisamente, o enobrecimento e também a unidade da mente e da emoção. O mesmo tema se repete no símbolo budista da jóia-no-lótus, tecnicamente resumidos no conceito de bodhicita (“mente compassiva”, modernamente chamado “inteligência emocional”). Assim como nos símbolos celtas do cálice santo e da espada sagrada; lembrando aqui que Melquisedec era considerado um rei-sacerdote unindo, portanto, em si ambas as atribuições e qualificando-se, desta forma, para ministrar especialmente tal sacramento.
Moisés segue depois os passos do Patriarca hebreu, mas todos eles têm como paradigma supremo a figura de Noé, réplica do Manu Vaisvavata e do Shisutrus caldeu. A montanha sagrada onde Noé aportou por fim, o Ararat, significa uma nova condição espiritual capaz de redimir aquela humanidade, e que era o grau de Arhat, alcançado então pela Hierarquia atlante. Daí surgir o arco-íris como símbolo da nova aliança entre Deus e a humanidade, através de uma nova hierarquia de luz.
Segundo o Hierofante do Roncador, “Melki-Tsedek veio dos Mundos Centrais”: “Melki-Tsedek foi o embaixador vindo do Grande Centro para vos agrupar, vos unir e vos conduzir até junto de uma das extremidades do Grande Triângulo, onde o grande senhor heroicamente havia decidido ser o redil de suas ovelhas. Ele veio à crosta terrestre para repor todas as coisas nos seus devidos lugares.”***
A excelsa figura de Melquisedec, está relacionada à Ordem dos Avatares Cíclicos, dentre os quais ponteia Jesus. Citemos:
“Melquisedec surge como o protótipo manúsico da grande saga ariana. Enquanto representante de uma Ordem divina, parece haver sido realmente o próprio avatar da Era de Áries, e demonstrado neste caso o ideal guerreiro de uma época, tal como Krishna tivera que fazer no começo da raça árya, também de natureza aristocrática como se sabe (daí a proximidade entre as palavras Áries e Árya). Moisés deu continuidade a isto, ao combater o culto do bezerro-de-ouro e sacramentar o sacrifício do cordeiro.” (Salvi, L.A.W., Genesis - Ciclos & Criação)
Numa certa simbologia, o Avatar da Era de Áries seria um Ser muito especial (uma espécie de Sanat Kumara, portanto), por ser este o primeiro signo do Zodíaco. Mas como o ciclo das Eras é de natureza precessional, esta proeminência tocou a Jesus Cristo, no começo da Era seguinte. Possivelmente por esta razão, Melquisedec permaneceu um personagem algo obscuro e enigmático no texto veterotestamentário. No mais, estes ciclos patriarcais e etapas civilizatórias, tendem a dar mais proeminência aos patriarcas e aos legisladores do que aos profetas.
Apresentamos, a seguir, uma abordagem sobre a Ordem dos Avatares Cíclicos de Melquisedec, extraída da obra acima citada, e que pode trazer luz aos acontecimentos atuais.

Uma análise cíclica

A presença das genealogias divinas atravessa toda a Bíblia, atestando não haver sido um fato isolado a manifestação de Jesus.
A primeira alusão de Jesus sobre a sua ressurreição foi metafórica. Voltado para o templo, disse: “Destruireis este templo e em três dias eu o levantarei”.
Ora, apesar da suposta ressurreição de Jesus após três dias (ou pouco mais de dois dias), os apóstolos esperaram um advento próximo que, todavia, não ocorreu.
Então, a fórmula também pode ser lida nos termos dados por São Pedro, segundo o qual “para Deus um dia é como mil anos e mil anos são como um dia.” (2 Pe 3,8)
E tal coisa concorda com certos ciclos avatáricos, segundo os quais estes seres vêm ao mundo a cada dois mil e poucos anos, seguindo o ritmo dos ciclos astrológicos ou das Eras zodiacais, cujos símbolos se fazem, aliás, sempre tão presentes no cerne das religiões.
Nesta acepção, a ressurreição de Jesus seria, na verdade, a reencarnação de um princípio espiritual.
De fato, quando São Paulo associa Jesus a Melquisedec, invoca eventos ocorridos num espaço de tempo de dois mil anos. Tal ritmo possibilita um montante de doze eventos, ou senão 13 no total, para os representantes desta Ordem divina dentro do ciclo cósmico ou do Grande Ano de Platão.
O ritmo de 12 está presente de forma insistente na cultura antiga. Na Bíblia temos as 12 tribos de Israel e os 12 apóstolos de Jesus, que São João reúne no seu Apocalipse através da estrutura da cidade sagrada, como complementares, e também de maneira mais homogênea na forma dos 24 anciãos que cercam o Cristo, o que já nos daria o ritmo dos próprios milênios, aproximado de genealogias divinas como a dos hindus com seus 22 avatares.
Uma forma de ver esta duplicidade, seria a maneira como Jesus define “a lei e os profetas”, tipificado quando aparece ladeado de Moisés e Elias em sua transfiguração.
Como tudo o que existe, o tempo cósmico também teria um ritmo alternado positivo e negativo, personificado por estas manifestações divinas, ou seja, os patriarcas (ou legisladores) e os profetas (ou videntes).
Além de alternado na seqüência das unidades, também há grandes grupos de ciclos, tal como se diz acerca de manvantara e pralaya, semi-ciclos cósmicos como é sabido. Em João veríamos a tentativa de associar as tribos de Israel ao grande ciclo dos patriarcas, e vincular os apóstolos ao ciclo dos profetas (pois mesmo aqueles que vieram antes de Jesus estariam preparando o Evento), numa ótica que lembra também as Idades do Mundo ou mesmo as raças-raízes.
Em termos gerais, seriam como realidades superpostas e sequenciais. Mas também podemos entrelaçar tudo isto. Como nas diferentes camadas em que João dispôs as estruturas da cidade celeste.

* Naturalmente, a idéia das Quatro Ciências agarthinas de que fala Saint Yves (ver Capítulo seguinte), poderia sugerir até quatro regentes, como faz, aliás, a teósofa politizada que foi Annie Besant, em seu próprio contexto. A tradição hindu (Kumaras) e a atlante (China) também falam dos quatro Mestres.
** Possivelmente, se poderá organizar uma Sinarquia num futuro breve, com representantes dos graus iluminados da Humanidade (4º grau) e da Hierarquia (5º e 6º graus) atual. Não obstante a Hierarquia não se imiscui diretamente nos assuntos humanos, de modo que se trataria de uma composição mais afeita ao chamado Governo Paralelo do mundo, como é realmente uma função agarthina tradicional.
*** Udo Oscar Luckner, Melki-Tsedek e o Hierofante, pg. 94, Imery Publ., 1983, Goiânia. O Hierofante fala de certa expressão ou “tulku” de Melquisedec. Ver sobre Os Triângulos Geográficos brasileiros, no Capítulo dedicado ao tema, adiante.

Da obra "Os Mistérios de Agartha", LAWS


Leia também
A Ordem Eterna de Melquisedec
A Jornada Agarthina
Agartha - o chakra social da Sinarquia

Assista ao vídeo
Agartha: Mito, Mística & História



Luís A. W. Salvi é escritor holístico, autor de cerca de 150 obras sobre a transição planetária.
Editorial Agartha: www.agartha.com.br
Contatos: webersalvi@yahoo.combr, Fone (51) 9861-5178

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